Evento, que chegou a sua 16ª edição, aconteceu no Parque da Redenção. Personalidades, ativistas, militantes e representantes de movimentos sociais discursaram em cima de um trio elétrico.
A 16ª edição da Parada de Luta LGBT 2023 reuniu milhares de pessoas no Parque da Redenção, em Porto Alegre, neste domingo (2). Com direito a trio elétrico, o evento reuniu autoridades, personalidades, ativistas, militantes e representantes de movimentos sociais no ponto turístico da captal do RS.
Segundo os organizadores, passaram pela parada cerca de 30 mil pessoas. A Brigada Militar não divulgou números.
O evento começou oficialmente às 12h e seguiu até às 00h. O tema deste ano foi “LGBTs na Rua, A Luta Continua!”.
“Estar próximo às pessoas e escutar é o melhor modo que a gente tem de fazer políticas públicas, efetivas, que mude, a vida do cidadão e da cidadã LGBT,” fala Daniel Morethson, diretor do departamento de diversidade sexual do estado.
Para o professor Matheus da Silva Pavani, um dos participantes, o evento é uma demonstração de que a coletividade faz a diferença. “É um momento que a gente precisa entender que todo mundo junto, hoje em dia, é mais tranquilo. Antigamente era mais complicado. Graças a Deus, graças à luta, graças às pessoas que a gente pode hoje se juntar com tranquilidade, com acolhimento e pode repassar isso adiante”, avalia.
E os participantes capricharam, com roupas especiais para o evento. Perucas, maquiagem e glitter fizeram parte do visual de quem foi à Redenção para manifestar seu orgulho. De um lado a outro, bandeiras com as cores do arco-íris também marcavam a data.
Durante a parada, pela primeira vez a “ONG Crianças Trans Existem” também participou. “A gente vive com o coração na mão, não sabendo se os nossos filhos vão ser violentados no ambiente escolar, (com medo) até de sair na rua. O coração é igual, mas fica apertado pela violência a que essas pessoas estão expostas pela falta de informação,” fala Carise da Costa, técnica de enfermagem.
“A diversidade é muito maior do que as pessoas pensam. O ser humano tem que aprender a conviver com o outro, independente do gênero, sexualidade, até o filme que gosta, as pessoas têm que se respeitar” ,completa Pietra de Moraes, estudante.
A data escolhida faz alusão ao dia 28 de junho, em que se celebrou o Dia Internacional do Orgulho LGBT no mundo.